14 de Junho pelas 18h na Fonoteca Municipal de Lisboa
Publicada por RUC'n'Roll - Radio Universidade de Coimbra à(s) 1:34 da tardeQuinta-feira, pelas 18h, na Fonoteca Municipal de Lisboa (de
volta ás habituais instalações, no Edificio Monumental), arranca
oficialmente a edição de 2007 do Out.Fest.
Assim, o Out.Fest. começa com uma conferência-debate, de entrada livre,
subordinada ao tema "A genealogia das (novas) músicas livres", com as intervenções
de Rui Eduardo Paes (jornalista, crítico, ensaísta, actualmente editor da
excelente revista Jazz.pt), Sei Miguel (dos mais brilhantes e
respeitados músicos na história da música em Portugal, pessoa de
cultura musical inigualável) e José Marmeleira (jornalista e crítico
musical sempre atento às revoluções desapercebidas do underground
mundial). Moderação a cargo de Pedro Gomes.
"A genealogia das (novas) músicas livres"
Numa época em que as novas músicas, ou as "músicas de vanguarda",
compreendem e sintetizam, um pouco por todo o mundo, uma gama de
abordagens e influências que abrangem todos os últimos 30/40 anos de
livre-improvisação, de folk, de música psicadélica, de minimalismo, de
free-jazz, e da descoberta das verdadeiras "músicas do mundo", importa
perceber de que modo essa confluência acontece, quais os percursos, e
como se deu a formação das influências de toda uma geração de músicos
na casa dos 25/30 anos que constitui, de certa forma, uma comunidade
(ainda que não assumida pelos próprios, ou talvez sim) que parece ver
na liberdade e num absoluto primado da auto-expressão o fio condutor
da sua obra. Que traços em comum podemos encontrar? Julian Cope
aventou, há poucos meses, a possibilidade de a "banda-sonora interior"
desta geração nascida nos anos 70 e inícios de 80 ser maioritariamente
constituída pelo heavy-metal e pelo grunge que informaram a sua
adolescência. Será então o mundo da música "pop" o co-responsável,
juntamente com um acesso privilegiado às franjas mais "underground" da
música do século XX, por este surgimento de uma geração de músicos que
é capaz de, como Julian Cope também referiu, querer "chegar a toda a
parte a todo o momento"?
É precisamente esta tentativa de explicar o "passado" (os vários
"passados" possíveis, até) das "novas músicas", que orienta esta
conferência. Pelo caminho, podem ser também abordadas questões que
passam pelos percursos e história da música improvisada, pelas
clivagens e pontos de contacto entre o free-jazz e a
livre-improvisação, e pela sempre polémica questão académica que põe
em causa a noção de músico e não-músico (questão que se arrasta há
décadas, e que se reflecte em discursos de pura sinestesia, como o de
Brian Eno, quando na década de 80 declarou que a sua forma de pensar a
composição era declaradamente visual e não musical), e,
consequentemente, a discussão da dicotomia "técnicas avançadas" /
"ausência de técnicas".
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